quarta-feira, 28 de julho de 2010

Crianças destruidoras ou criadoras?


“Supomos que a realidade seja a caixa em que fomos colocados, e não é, eu lhes asseguro. Abra a porta, um dia, e olhe para fora para ver quanta coisa há. O sonho de hoje será a realidade de amanhã. No entanto, nós nos esquecemos de como sonhar.”

Léo F. Buscaglia





Voltando a gênese da educação (parte 1):


“... o conhecimento não procede nem da experiência única dos objetos nem de uma programação inata pré-formada no sujeito, mas de construções sucessivas com elaborações constantes de estruturas novas, na interação com o ambiente e o social...” "O desenvolvimento cognitivo é condição necessária ao pleno exercício da cooperação, mas não condição suficiente, pois uma postura ética deverá completar o quadro" (Piaget, 1976).

Já faz um tempo que eu pensei em escrever sobre as crianças, por vários motivos, muitos descreverei aqui. Neste trecho acima de Piaget, um homem que se dedicou aos estudos do comportamento infantil como biólogo e psicólogo, já nos apontava de novo um importante aspecto sobre as crianças. Ressaltando que a experiência das mesmas não é inata, e sim aprendida. Parece uma informação obvia, mas não é!

Tenho esperanças ainda de “corrigirmos” nas crianças erros da geração passada, mas para isso teremos desde cedo aprender a trabalhar em conjunto, reestruturando a família (voltarmos a uma auto-avaliação de nós mesmos), a escola e o professor (mudando suas posturas), e com iniciativa alem de tudo do governo – na implementação em grande escala de um novo sistema de educação. Ingenuidade minha? Muitos diriam que sim, mas pelo caminho que estamos seguindo, acredito que logo será uma necessidade! Se desde cedo começarmos, menos deturpada virá cada nova geração.

Creio que o pensamento atual do: “Que se dane” terá logo um fim. Isso se quisermos ter um futuro a frente, não pra nós, mas para futuras gerações. Sei que parece alarmista, mas não é! As ultimas sociedades e a atual erra muito (substancialmente a ocidental e sua cultura IDIOTA, que de dominante e evoluída não tem nada!) erramos principalmente nas questões de cunho ecológico, pergunte a qualquer cientista consciente sobre o impacto que causamos em poucos anos no planeta. Dos recursos naturais que consumimos, do desequilíbrio que provocamos nos ecossistemas, nas extinções que causamos. Nos montantes de lixo que produzimos, e no desperdício que fazemos. O planeta não suporta este consumismo! Não por muito tempo.

O ser humano psíquico, esta sofrendo como nunca esteve na história. Essa ilusão cultuada do perfeccionismo, do individualismo – Quanta bobagem! Sabias palavras de Nietzsche ao dizer que estamos todos morrendo de solidão. Fora às doenças CRIADAS pela cultura que se alastram; depressão, síndromes do pânico, anorexia, obesidade, stress, suicídio... Entre centenas de doenças psicológicas e problemas sociais, que vai desde o contemporâneo bulling, aos preconceitos, xenofobias, etnocentrismo. Falam dos psicopatas? Estamos criando psicopatas, quando reforçamos alem de tudo status, poder e diversão acima de tudo, aliado com ideologias como “caça e caçador” ou “sobrevivência do mais forte”, “cada um por si”. Evoluímos não precisamos mais dessas baboseiras!!!!

O que estamos ensinando a nossas crianças?!

A serem consumistas sem pensarem nas conseqüências. A serem egoístas. A adoecerem psiquicamente por regras sociais absurdas e ignorantes que fundamos e queremos que a sigam. Não ensinamos em momento algum elas Amarem. Parece coisa de hippie eu sei, mas amar é respeitar, é ensinar a respeitar a natureza, as pessoas, a si mesmo. Skinner grande cientista do comportamento humano, já dizia o quanto o comportamento humano é moldado pelo o que o reforça, ou seja, principalmente pelo o que lhe faz bem. Se ensinarmos as crianças amor, respeito e senso critico, - longe dos dogmas religiosos, longe de questões morais, longe de valores “suspeitos” e fechados -, mas sempre ensinando acima de tudo questões ligadas ao respeito mutuo e a ética com a vida, são coisas boas. Veremos resultados! Que amar a vida, o mundo e as pessoas como a si mesmo é algo bom e só trará coisas boas a elas. Elas aprenderam sim, desde muito cedo, logo ao adentrarem na escola e a vida social.

Claro que isto requer uma parte prática no sistema, que pegando a idéia de Léo Buscaglia, Doutor em ciências sociais, filosofia e pedagogia nos E.U.A que ensinou e ensina a matéria “AMOR” para jovens universitários na Califórnia. Implementar uma matéria escolar parecida no sistema de educação fundamental, médio, e universitário – como o português e a matemáticas hoje são, adjunto com a mudança “geral” de hábitos pessoais e sociais quanto à educação das crianças e adolescentes. Penso, uma matéria que além do “Amor” em discussão quanto ao ser humano existencial, tratar também de questões de âmbito a conscientização aos problemas “ocultos” do mundo moderno. Como os males da alienação; - religião, industria, mídia e governos -, a corrupção política, o consumismo insano do mundo capitalista, destruições ecológicas, falta de ética com a fauna e flora, problemas psicossociais e de relações humanas, entre outros assuntos. Ensinaríamos a abrirem desde cedo suas mentes para as diferenças, ensinaríamos a serem mais seres humanos. (elaborarei melhora proposta no texto sobre “o Professor”).

A aprendizagem nos primeiros anos de vida e continuada até a adolescência. Já estamos cansados de saber que tem um peso gigantesco na construção da mentalidade adulta. As crianças são verdadeiras esponjas, elas fazem perguntas sobretudo, e isso é incrível. Pelo menos, acho linda a sede de saber. E me entristeço com o resultado quando adultos. Sabe o poder que as palavras tem sobre o ser humano?

Um poder imensurável, e com certeza pode ser empregado também para a construção de um novo futuro. A palavra pode aprisionar ou libertar uma criança desde muito cedo. Palavras que elas ouvem de nós Adultos.

Quando vamos acordar pra responsabilidade em nossas costas? Pois todos nós – Adultos. Somos responsáveis por ensinar e educar. Esse assunto é extenso, penso continuá-lo em mais duas partes, focando a criança, nos aspectos; aprendizagens na família e a importância do professor.

PENSEM: Quando você pensa em ter suas dúzias de filhos, você tem consciência do peso que cai em suas mãos? E por fim. Adaptar as crianças para o mundo adulto como fazemos hoje, não seria errar de novo? Mantendo preconceitos, racismos, ignorância, alienação por falta de senso critico, etc.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dunga x Globo – Poder e controle de Massa

Acredito que melhor do que eu que acompanho tão pouco a rotina da televisão, vocês já estejam mais familiarizados com o recente assunto a cerca do técnico da seleção brasileira; Dunga e a rede de televisão Globo em questão. É interessante como um fenômeno à parte se expandiu para a maioria das emissoras e caiu em fala popular.

Não repetirei as mesmas bobagens, que estão cansados de ouvir: “... porque não convocar fulano de tal, ou ciclano de lá?...” “Porque convocou tal desconhecido!...” essas questões técnicas cabem mais a um analista esportivo. O interessante é que Dunga teve ótimos resultados nos últimos anos, tais como: Copa das Confederações (2009), Copa América (2007), e saiu com a seleção no primeiro grupo nas eliminatórias da copa da África do Sul. Nossa seleção tinha rostos desconhecidos, pessoas não famosas como Adriano “o imperador”, Ronaldinho “fenômeno” ou o “gaúcho”, enfim não tinha jogadores que exerciam em times aqui do Brasil. Porem isso não desqualifica tais jogadores, dos quais a maioria joga em times europeus e asiáticos. Bons jogadores, um time com franquezas sim, como a maioria dos times mundiais.

Voltamos ao assunto central, se o time não era tão ruim porque essa aversividade do povo Brasileiro com o técnico? Vocês mesmos já pensaram porque andam o criticando? Quais influências percorrem todas as opiniões de leigos e apaixonados pelo futebol?

Dunga não baixou a cabeça para a rede Globo. Ao negar uma entrevista exclusiva, e os bastidores dos treinos ao casal “imperialista” das comunicações brasileiras Sra. Fátima Bernardes e Sr. William Bonner apresentador e editor chefe do Jornal Nacional da rede Globo. Dunga estaria escrevendo sua sentença de morte, ou melhor, seria o novo alvo do ódio de todo um país. É incrível como todos os programas da emissora começaram a criticá-lo, não só nas rodas de debate esportivo, mas como também no programa apresentado por Ana Maria Braga, e criticas de “Faustão”, e tanto outros leigos, mas que estavam ali ajudando a alastrar a opinião sobre o “péssimo” técnico de Dunga seria. Isso se alastrou pelas emissoras, e logo estava em programas humorísticos de grande audiência como o “Pânico na TV” e “CQC”.

Em momento algum defendo as escolhas de Dunga, mas me pergunto se a repercussão de tudo não foi grande demais, e se esse ódio em massa, era pra tanto?

Preocupo-me com a alienação das pessoas, que levam o que vêem na televisão como “veredicto final”, pessoas que não contestam, não investigam, e só aceitam os fatos.

Cadê o senso crítico?

A Rede Globo, está entre os 5 maiores grupos de comunicação do mundo, não é a primeira, porem é a que mais influencia o povo, sua trajetória com seu fundador Roberto Marinho, mostra uma saga de corrupções de apoio e enriquecimento na ditadura militar. Mostra uma forte união política, e de controle de massa, controle da opinião publica. Devemos abrir nossos olhos para os fatos que nos cercam.

Agora dá pra entender, quando Dunga vê sua imagem sendo sujada a todo o momento. Sua irritação com palavrões dirigidos ao jornalista Alex Escobar, funcionário da maldita, astuta e poderosa Rede Globo.


E se quiserem uma base mais consistente do que esse meu pequeno texto assistam esse pequeno documentário sério. Postado no youtube, é curto e vai te fazer entender a influencia que você tem todos os dias ao ligar o televisor, e a perversidade por traz do singelo “plim plim”:



http://www.youtube.com/watch?v=mQhy4x64Nh0&feature=related

“A HISTÓRIA SECRETA DA REDE GLOBO”


Robôs? – espontaneidade forjada

Sou suspeito a falar do ser humano, não só por estudá-lo e tentar conhecê-lo em sua história e psíquico. Mas com certeza afirmo me apaixonar a cada dia mais pelas pessoas, pelo ser humano. Sabe o que é mais lindo nas pessoas? Muitos responderiam: “olhos azuis”, “pessoas altas”, “ricas”, “o glamour”, enfim, a maioria ficaria no contexto físico, ou no status e poder (econômico) que as pessoas cultivam. Coisas socialmente reforçadas ou “modinhas”.


Mas não, eu responderia que a coisa mais linda no ser humano é sua SINGULARIDADE, é nela que conhecemos as diferenças, é nela que nos apaixonamos uns pelos outros, o belo pra mim está na diferença, diferenças físicas, diferenças de pensamentos, de ideologias, de sonhos... Etc. Não sei vocês, mas não se cansam de sempre a mesma resposta? De sempre a mesma cara? De texto decorado? ... Eu acho no mínimo sem graça! Cadê a espontaneidade?



Peguei uma foto de modelos em uma passarela, acho que ilustraria bem o contexto, magrelas quase anorexicas, com o mesmo semblante no olhar, a mesma cara, mesma altura, quase robôs. Padrões e padrões, e rotulações, e ilusões e exclusões, e tudo fica na mesma! Nos dizem como falar, como andar, como se portar, e até mesmo como devemos nos sentir. ...


Muitos diriam, “noooossa que belas”, é realmente estão caindo de fome, por almoçarem um talo de alface e meio copo da água, estão concentradissimas pra não caírem do salto, um deslize fora dos movimentos “robóticos”, sistemáticos, e organizados é um desempregado a mais. São vitimas, de ideologias idiotas que são cultivadas e ensinadas. Vivem disso e somente pra isso, pra que possamos olhar e dizer: “que desfile incrível, lindas modelos, magras, altas e alinhadas”.


A beleza está na cabeça das pessoas, e vem sempre distorcida e de rótulos. Uma pena.


Espero um dia percebamos que um ser humano mais afetuoso é mais espontâneo, ai está à verdadeira beleza, ai poderemos voltar o nos tocar uns aos outros, voltar a nos segurar e nos conhecermos verdadeiramente, a sorrir para os outros, a interessar-se pelos outros, a dizer o que sente, sem medos de ser “o louco, e estranho”.


Olha quem um dia me ver na rua e quiser me dar um abraço, pode abraçar, pois não vou me desintegrar! Rs. “Os abraços são de graça, são gostosos, e, se não acreditarem, experimentem”.



Filme - "The Road"


The Road (2009)

Sabe quando você assisti um filme por acaso, e por sorte não se depara com uma porcaria hollywoodiana... creio que seja por ser uma historia de um livro, adaptada para o cinema. A estrada (filme), é uma especie de ficção pós-apocalíptica, quando um pai e seu filho viajam sozinhos, numa paisagem desvastada, onde procuram abrigo e comida, e fogem das possiveis ameaças. Interressante, a idéia do autor sobre a evolução e adaptação humana frente ao contexto de destruição, para garantir sua sobrevivencia.

Minha veia Darwinista, não me deixaria pensar diferente, com todo o ecossistema escasso, os poucos homens que sobraram viram verdadeiros animais, onde começam a se juntar em guangues e praticam canibalismo. Impossivel não fazer uma ponte com a tragedia do Haiti, claro que muito diferente, porem a degladiação quanto a comida me fez refletir.

O ser humano é tão critico, tão insatisfeito, tão narcisista de querer um mundo perfeito moldado aos seus pés, que esquece das riquezas que possui, esquece de viver, e principalmente aproveitar um palco de vida em abundancia.

A educação que nos torna humanos, tire isso da gente e voltamos a nossas origens animais, lutando, matando e sobrevivendo a qualquer custa. Gostei muito da relação pai e filho, aonde ele preserva a todo custo seu ultimo tesouro vivo, sua linhagem. Acho que nossa cultura abandonou muito desta participação do pai na vida dos filhos, hoje basta mandar um "brinquedinho" nos aniversários e natais.

O toque sombrio/suspense, deixa-o mais interessante.
atores bons, produção bem feita, final um pouco fantasioso, mas o que não se pode ter numa ficção?! :)

Se eu pudesse...


Se eu pudesse viver como sonhei nesta ultima noite...
Aonde viajava pelo mundo, de Leste a Oeste.
Como gostaria de me desprender das amarras do meu mundo, das correntes que ainda me prendem.
Será que é porque eu não entendo esse mundo? ... Ou ele que tão pouco me compreende.
Será que deveria me alienar mais, sentado no sofá em frente à televisão num sábado à tarde? Ou não criticar o capitalismo e uma sociedade hipócrita e falida, quando vejo a miséria em cada beco escuro de São Paulo?
Porque tudo tem que ser superficial, descartável e novo? Porque impor valores, regras... Porquê aprisionar? Éh isso que chamam de globalizar? - Que merda!
E tenho que seguir a tudo isso, como um bom escoteiro? - NUNCA!... Serei excluído? – Que foda-se!
De exclusão já basta a social, a de direitos, a de cidadania, ou melhor, a de ser humano. – Que vemos a todo o momento a todo canto, estiradas no chão viramos o rosto como se não estivessem ali. – INVISIVEIS? ...
E sei sim minha real situação, IMPOTENTE! Sendo apenas levado pela maré, pela massa. “Caminhando e cantando”. Aff...
Como eu queria viajar pelo mundo, me sentiria mais livre destas sujeiras, admirando a imensidão do mundo. Não no luxo (egoísmo), mas na simplicidade de um viajante de estrada á fora...
Pois custei perceber que a vida acaba... éhh acaba. Se esvai com o Tempo.
Custei a perceber e aceitar a morte. É verdade... somente lembrando da morte, lembramos de quanto é precioso nosso tempo. – faz aproveitá-lo. – instante, o agora!
O mundo é tão bonito, tão majestoso, com uma diversidade de criaturas, de pessoas, de culturas, de sonhos e almas que fariam tudo por amor, pela alegria estampada no sorriso de um moleque que brinca com sucata e imagina ser um aviãozinho...
Uma tarde de chuva, gota após gota em sua face pode ser muito mais do que apenas chuva, pode ser libertador, o sol já morno ao fim de uma tarde chuvosa pode te lembrar o quanto você está vivo, e o quanto à vida pode ser acolhedora, se seus olhos permitirem!!!
Se eu pudesse correr pelo mundo, com meu skate e uma mochila em minhas costas, percorreria a cada canto, a cada praia, a cada praça, cidade, vilarejo, a cada montanha, terras desertas, frias ou verdes.

Aproveitaria prestando atenção a cada detalhe que para muitos foram esquecidos ou passam despercebidos, fotografaria bem com os olhos, pra nunca saírem da memória.

São nos pequenos detalhes que curto a vida...
Se eu pudesse largaria tudo, pra começar tudo outra vez, longe daqui, mas nunca num mesmo lugar.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A palavra é: Plenitude



Imagine seu olhar sobre a vida mudar de perspectiva, o que incomodava mais é indiferente, o que angustiava apenas se esvaire na linha do tempo. Você está diferente, talvez não saiba descrever mas seu olhar diz tudo, você cresceu, aprendeu, se ergueu... pequenos detalhes de futilidade não lhe interessam mais, é como se voltasse de uma prisão um abismo. E agora a chuva que bate em seu rosto neste momento, não é mais apenas água que cai do céu, mas é uma fonte de libertação, lava a alma, gota após gota em sua face, junto com uma brisa gelada que te arrepia,... é você está vivo! Pra sentir de novo o sol depois de uma tarde de chuva.”
Diego A. Rondon


“Chega um momento na vida de um homem que ele começa a...”. Bem que seria bom começar um texto assim, como se houvesse um tempo delimitado na vida de um ser humano em que ele começa um novo olhar ou perspectiva, um tempo em que ele começa a enxergar tudo diferente e assim muda - evolui, bem isso não existe muito na prática, talvez nem na teoria.
Viver, conhecer, aprender, etc... Palavras simples, vocabulário do senso comum, vividas cotidianamente por todos, porém cada uma com um valor imensurável. Viver é inevitável, mas viver com qualidade é diferente, viver feliz muito mais, e viver pleno é aproveitar o tempo. É incrível como o ser humano é carregado, é influenciado, e pior gosta disso, alguns vivem pra isso. Porque a opinião alheia é tão importante? Será que precisamos tanto disto? Será que a aprovação social nos dá realmente felicidade? Não sei, creio que não.
As relações com o Outro, com as pessoas que nos cercam, é primordial, diria até é lindo, mágico, não abusarei de adjetivos creio que a poesia, a musica e a arte falam por si. A questão é, conviver com as pessoas será ser sinônimo de viver para o Outro? Para as pessoas? Para admiração do outro, e realização dos desejos e vontades dos outros? (que chato isso!) Acho que não é por ai... Será que a gente realmente se “curti” sozinho? Se gosta? Ou melhor, aproveita consigo mesmo o tempo, se tolera?
Será que precisamos provar o tempo todo para nossos pais ou familiares o quanto seremos “bem-sucedidos”, “talvez obediente” em alguns casos “moralmente correto”, será que isso é necessário? Não digo que não seja, mas penso será que isso te faz bem? Será que você acredita em metade das ideologias que te colocaram na cabeça desde pequeno? Ou somente as repetes como bom escoteiro. Ou no final você só acaba num precipício de fugas, e medos de sair da linha, “é verdade, o que pensaram de mim eles?” Se afunda em desejos, vontades, desperdiça de novo o tempo, a qualidade do seu tempo... de sua vida.
No amor sabias palavras de Fernando Pessoa: “Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não poderemos crescer emocionalmente. Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes é preciso ser Um.”
Viver a própria solidão parece sombrio isto, mas não é. Difícil com certeza. A própria solidão é enfrentar os medos, os anseios, as angustias de conviver com nada mais nada menos consigo mesmo. Há aquelas pessoas que não conseguem passar 1 hora sozinhas..., Medo da solidão? Nem sempre... Ou angustia de passar o tempo consigo mesmo. De olhar no espelho interno e ver a menina gorda-caveira da anorexia, ou a garota adolescente-peituda cheia de plástica de 60 anos. Mascaras exteriores, e um vazio sem igual interior. Por ligar pela opinião alheia? Se encher de bomba ser o Schwarzenegger do século 21, Ou ser o excêntrico da moda, uma Lady Gaga frustrada, só pra olhar as pessoas como “meros mortais”, é alguns vêem prazer de jogar dinheiro, poder e luxo nas fuças dos outros, existe até os sádicos que viram fã, (...éh seguidores de twitter), Ser a namorada do traficante no morro? Ou ser o caridoso, filantropo, que ajuda a todos, e usa uma camiseta como um letreiro luminoso dizendo, “Yes, eu ajudei!”
[...]

Por ter a imaturidade de não querer se frustrar, ver que as coisas acabam, se esvaírem com o tempo? Talvez. Os drogados (maconha, álcool, hipocondríacos, obesos-“voluntários”, etc) estes sim sabem lidar consigo mesmo!(irônico, é obvio) Tanto que fogem de si mesmos, e da realidade, se afundam muitas vezes voluntariamente no poço, e depois até relutam quando se estendem algumas mãos para puxá-los de volta. É “Doente” hoje virou moda social, “sou tão ínfimo que a doença me dá identidade...”. Não que ninguém erre, todo mundo erra até mesmo os “bandidos”,e merecem novas chances (tirando os políticos) a todo caso um dia eles podem virar evangélicos (um dia apanho por certas brincadeiras infantis). Errar não é o caso, nem o certo e o errado, que em toda cultura, momento histórico é sempre relativo. Gosto do conceito de honra acho que sendo do “bem” ou “mal” honra é uma só, e demarca o caráter (coisa muito minha isso).
Freud já apontava como prepotentes e arrogantes seguimos, “o problema está sempre no quintal do vizinho” é a onipotência de querer controlar tudo, de querer narcisicamente o mundo moldado a nossos pés, o Stress contemporâneo se alastra como praga numa colheita. Um mundo diria até muito hipócrita, aonde se nega preconceitos e desigualdades. É o imediatismo dos tempos modernos, o individual prevalece, cada um por si, “caça e caçador”, diria tão selvagem, para os que se julgam desenvolvidos das espécies, os intelectuais. Alguns “indivíduos” deveriam até deixar serem chamados de “humanos”, de humanidade só o biológico prevalece, no mental - verdadeiros animais. (não querendo ser pejorativo com os animais gosto deles).
Gosto de lidar com a questão do tempo, não sei se por juízo a uma possível loucura que se instalaria, se por fé, ou se por burrice, o homem pensa que é infinito em sua existência, e como conseqüente deixa de aproveitar e dar o devido valor ao tempo, bem não vou ficar filosofando se é ou não religião, fé, é sempre complicado. Mas é inevitável não pensar como o homem desperdiça o que tem de mais precioso o Tempo.
A não ser que você seja um gato com possíveis sete vidas, o homem só vive uma. Ouvir a historia de um homem metalúrgico que viveu sua vida trabalhando e se esgotando 9 horas, as vezes 10 horas por dia numa usina, só pra “juntar” a famosa poupança tão idolatrada, e ter morrido semanas depois de se aposentar com 70 anos (hérnia de disco + osteoporose + diabetes e colesterol) sem usufruir de seu dinheiro, e do pouquíssimo tempo que lhe restava. Não é mais exemplo, pois muitos diriam, ah isso é conseqüência de uma classe desvalorizada, que tem que trabalhar para sobreviver... Ok, não discordo neste ponto.
Mas pensar no economista, ou administrador que faz o mesmo trajeto, “acumular” “acumular” “acumular”, será que todo homem do século 21 tem que fazer seu 1 milhão de reais antes dos 30 anos? Parece que sim viu... trabalhar é fundamental, diria que sem trabalho o ser humano é improdutível, trabalhar gera evolução, e é sem duvida nenhuma, uma identidade para cada pessoa. Porem nos esquecemos de alguns fatores, será que preciso acumular tanto dinheiro? Será que preciso fazer tantos horas-extras? Será que preciso passar minha vida numa usina, escritório, e perder o crescimento dos meus filhos?
Será que preciso mesmo daquele espremedor de frutas + fritador de nabos + alisador de cavalo + todo tipo de porcaria do Best shop tv que eu comprei e nem sei como usar?
Há pessoas que trocam de celular a cada semana, modelos novos, bonitos, mais práticos e com acessórios novos, sim concordo,... vital? Questiono-me.
Muitos poderiam pensar...”ah quer que a gente vire ripongo, compre uma combe e vai morar como naturalista comendo batata e cenoura?” – se quiser, mas não é essa a proposta. O que tento refletir aqui é... será que mesmo essa possível felicidade que você sente, fazendo os outros gostarem de ti, sendo admirado, será que essa importância preenche todos os seus vazios... será que preenche algum?, Será que você aproveita o tempo consigo, com os demais, etc. Será que entendemos o que realmente é PLENITUDE?


Plenitude, serenidade, sentir-se completo, entender, aceitar, se questionar, saber que você não é perfeito, e vai errar, e vai machucar, e vai aprender, e vai aproveitar.
Ah o rock roll anos 70, 80 sexo, drogas e rock, morrer aos 23 anos trepando, com cocaína até no rabo é legal? Não sei, mas penso que se o cara tinha “consciência” do que estava fazendo e o que teria como conseqüência, mas quis aproveitar e curtir o Maximo mesmo assim, eu acho que fez certo, pelo menos não prejudicou ninguém, só ele mesmo, e isso é pessoal, e injulgavel.
É, “malucos” que foram morar em arvores, e viver pelados, sempre existiram. Indivíduos que trabalham se esforçam aproveitam sua vida, e principalmente gostam do que fazem, vivem mais o tempo. Creio que sim.
Você vai boa parte de sua vida se dedicar diariamente a alguma coisa, imagina trabalhar em algo que não gosta, sei lá por grana, posição social, poder, etc. Anos e anos passaram, e é melhor escolher bem. Pra te dá satisfação, ora é da sua vida e de seu tempo que estamos falando só isso. Viver a vida dos outros, muitas vezes pode criar barreiras na sua vida. As vezes temos que arriscar, “pular de cabeça”, “é melhor se arrepender de ter feito, do que nunca ter tentado por falta de coragem.” (penso)
Vivemos no passado, planejamos o tempo todo o futuro, mas e o presente? E o agora? O único que você tem certeza? O futuro é tão incerto... O trágico: “você pode estar amanhã saindo da barraca de coxinha frente a sua faculdade, e ser atropelado por um fusquinha anos 60 – e morrer de tétano”... “É a vida é tão curta”, é o que minha vó diz... Espero no fundo que esteja errada...
Temos um planeta incrível, parece bobo mas você já parou na chuva? E tomou aqueeele banho? Já ficou que nem bobo olhando seu filho no berço e como ele observa tudo e envesga até? Aproveitou colocando chiclete na carteira da professora de matemática da 5º série? Já ficou tão bêbado que fez da dança da galinha e ri até hoje deste fato? Usou filtro solar a vida toda e hoje ganhou 20 anos a mais sem um possível câncer? Já paquerou a gostosa(o) do bar, e levou uma piscada, butinada ou melhor foram trepar no banheiro? Disse pras pessoas ainda vivas o quanto são importante pra você? Já se olhou no espelho e disse: “caralho você é bonito rapaz?!”, Já mandou um “que se dane”, ou “que se foda” para os probleminhas cotidianos? Já viveu e fez tudo o que queria?
“É nos pequenos detalhes da vida que o homem vive”- Dalai lama.
Porque só abrimos nossos olhos frente a morte. Precisa um médico nos dizer: “... é meu amigo, você tem 1 ano de vida...” pra aproveitar, pra perceber que o tempo acaba, que a vida é “curta” (vovó sabida), que você tem muita gente, lugar, e coisas pra curtir.
É viver bem, está em viver pleno, plenitude é se entender, ou tentar, é se revisar e redesenhar, é pensar no futuro também porque não? é planejar como melhor aproveitar seu tempo futuro!..., e a partir de amanhã sentir o vento em seu rosto de outra forma - É somos livres.
Texto que parece uma final de big brother rs, erros de português me levam a cruz, mas fui sincero, digo pleno pelo menos quando escrevi. E como no começo digo não existe um momento na vida que o homem comece a pensar sobre sua vida, sobre se é feliz ou não, ou principalmente se é pleno. Isso pode acontecer em qualquer época ou simplesmente não acontecer. Eu busco isso, ou melhor talvez alcance conseqüentemente nas pequenas mudanças que desde já fui fazendo em mim e na convivência com a única pessoa que terei que “suportar” por toda vida, eu mesmo.

Prazer!


Meu nome é Diego, e isso já é o bastante pra você me conhecer a principio. Mas meu nome, meu rosto, meu corpo, meu registro de RG, tudo o que você pode ver ao me encontrar. Nada disso me define, me classifica, ou vai lhe dizer quem realmente sou. Sou a superfície mas também sou o conteúdo, que para conhecer só o tempo pode ajudar.

Criei este Blog para que possam me conhecer melhor, pelo menos, minhas
idéias, meus pensamentos. Não sou melhor do que ninguém, sou igual. Ou melhor, sou um ser humano, que erra, sofre, aprende, se diverte, e tenta aproveitar seu tempo se descobrindo e descobrindo o mundo, vivendo.


Aprendi muita coisa aos meus 20 anos idade, e sei que tanto sei e ao mesmo tempo não sei nada. Aprendo todos os dias novas lições. Aqui tentarei
compartilhar o que sei, longe de ideologias fechadas, longe de crenças, de posições formadas, longe das normas e regras sociais. Um espaço pra refletir, sempre gostei de escrever (mesmo não sendo "super" na ortografia e gramática ha-ha), e por muito tempo deixei de fazê-lo. Agora recomeço, afinal "FODA-SE" a hipocrisia e mentiras, eu quero é ser sincero, não com você, mas comigo mesmo!


Prazer!
=)