sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A religião e o ser humano – Institucionalização e comercialização da fé (parte 1 de 3)

Sempre que falava em religião na minha adolescência, eu era muito critico e persistente, às vezes até muito imperativo e rígido a quem era religioso. Hoje com mais plenitude e experiência, sei que este assunto por si, é um assunto muito complexo e delicado. Expor a opinião, á critica em si, é primordial, mas deve-se respeitar a fé popular, pois esta envolve um conjunto de crenças e valores que estão enraizados na cultura, que servem de acalanto as pessoas, ou que se abordados diretamente podem trazer muito sofrimento.

Escolher ter uma religião, acreditar no místico ou imaginário é uma opção humana e injulgável. As religiões como a fé das pessoas é um fator humano, que existe durante os milênios e diferentes culturas. Porem, não devemos permitir como críticos sociais, a favor da mudança e uma sociedade melhor, que crenças e dogmas religiosos não caiam em debates éticos. As religiões como instituições hierarquizadas que são, NÃO estão acima de tudo, e deveremos sim nas próximas décadas REVER vários conceitos, e privilégios das religiões no que diz respeito a influencia e participação em decisões sociais. Isso se quisermos uma sociedade futura mais desenvolvida e livre nos contextos humanos e ideológicos.

A religião (neste texto uso a palavra religião me referindo especificamente a quatro instituições dentre varias de má índole corporativo: a católica, evangélicas, islâmica, judaica) são sim instituições de caráter corporativo, isso já é mais que explicito, algumas com fins lucrativos próprios infelizmente. Algumas religiões utilizam-se da fé cega dos seus freqüentadores para retirar dinheiro, que pode ser da forma explicita no dizimo, ou na forma de “quermesses” ou “feiras” aonde os preços são elevadíssimos. Até que ponto o dinheiro que deveria ir para obras sociais e caridade o realmente vai? Sabemos que muitas caixa 2 acontecem infelizmente, e nada é feito ou questionado.

Até que ponto a religião está invadindo os veículos de comunicação e implantando idéias fechadas, pejorativas e errôneas sobre variados contextos humanos. Até que ponto estamos permitindo isto, vendo como liberdade de expressão ou forma cultural, mas que está invadindo e pregando a própria violência e exclusão na sociedade, e que força isso está tomando na sociedade mais alienada e pras futuras gerações?

Vocês me perguntam “Diego qual sua opinião afinal sobre as religiões?”. Responderei sinceramente, anos atrás, eu mesmo não sendo religioso, achava que as religiões eram boas pra humanidade, eram um apoio, ou “contensão” de diversos problemas, acredito que minha ingenuidade na época fundou essas idéias. Hoje digo radicalmente com todas as letras: “RELIGIÃO É UM ATRASO PARA HUMANIDADE”, levando em conta que podemos ter religiosidade e crenças sem que seja preciso freqüentar uma religião.

O ser humano evoluiu em sua espécie e inteligência, e fundou vários ramos do conhecimento que podem lhe trazer bom convívio social, harmonia, respeito e ética. Temos a filosofia, a psicologia, a sociologia, entre vários outros ramos do conhecimento que podem trazer ao homem o “bem e a ordem” o tirando de seus desejos e vontades “instituais” e de uma sociedade do “caos”, saliento este ponto que já que é um dos hálibes defendidos pelas religiões.

Como diz Plínio Arruda na política; “fazem melhorias, mas não resolvem nada.” Eu digo sobre a religião, que hoje não é mais necessária, pois tira o foco das pessoas sobre os verdadeiros males que estão nas relações humanas defasadas, nesta alienação e domínio que estamos vivendo de uma elite no poder.

Bato na tecla, a educação não deve ser cristã ou moral, se educarmos nossas crianças com estes valores, teremos carniceiros, preconceituosos e com mentes fechadas pra vários contextos humanos. Precisamos de uma educação voltada na filosofia, na sociologia, na psicologia, ramos que são livres de idéias fechadas, que respeitam as diferentes formas de ser, se expressar e viver (singularidades) do ser humano, ao mesmo tempo em que convergem na introdução do respeito e ética coletiva.

Não quero generalizar, leio muito sobre as doutrinas das religiões pra poder criticá-las, e existem sim algumas exceções como o Budismo que até então eu só tenho a elogiar. Temos nele um modelo. Se não o conhece leia sobre e verá a diferença! Algumas formas de espiritismo também se salvam.

Começo agora 2 textos que abordarei detalhadamente os problemas “ocultos” das religiões.

Vídeo – Um exemplo de religiosidade, um homem que até acredita na bíblia, mas indica uma interpretação errada dela pela religião.





Livre-se de tudo o que aprendeu, permita-se ver este vídeo sem o velcro das idéias formadas, se liberte. Mesmo sabendo que as pessoas iram sofrer sem a religião pra acalmarem suas angustias, como educador eu não posso me permitir pensar em concordar com o errado, com a involução humana. Acredito que o homem é um ser ilimitado em potencialidades e possibilidades de existir, e vai saber viver bem sem a instituição perversa da religião.

Um comentário:

  1. Belo retorno, há muito tempo que espero para ler seus escritos, fico feliz que tenha voltado, e voltou com tudo!
    Estamos sempre voltados para o lado moral das coisas por conta da religião, o que é muito perigoso para as relações humanas.
    Falar sobre religião ou religiões é sempre muito delicado, mas você tratou tudo de uma ótima maneira, domina bem o assunto, é uma prazer te ler.

    Abraço!

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