domingo, 21 de novembro de 2010

Confusões, medos e anseios... Conversando com meu Eu

Estou confuso, são 4:45 da manhã, estou não sei por qual motivo na frente de um computador digitando um texto que não sei porque comecei nem como terminar. Engraçado como mesmo tentando chutar a angustia e o medo, eles sempre batem a sua porta. Às vezes vem do seu próprio passado, te assolarem. O coração palpita forte, as mãos ficam geladas, um suor frio, um nó no peito, se com raiva um calor no rosto, mas isso é mais raro. Será que existe uma pessoa no mundo que consiga ser totalmente e o tempo todo carapaça? Consiga ser superficialidade e ao mesmo tempo ser humana?

Minha percepção me leva ao me deparar ao espelho da repetição, repetição do Eu. EU, EU EU... quantos Eu(s) saem da sua boca? Eu faço isso, eu faço aquilo. Você é tão você que nem sabe distinguir quem são os outros, egocentrismos no mais amargo narcisismo te consomem. E você nem pra perceber! Eu sou distraído. Preso a realidade, ao desespero de ter errado. Mas todo mundo erra não é? Você se disse que não tinha medo da morte. É meu amigo isto quando você não tinha apego a vida, não é?! Agora é tarde, você está mais humano do que qualquer um.

Ele fantasia, as algemas da realidade o sufocam, tens razão afinal repetir a trama da realidade é cair de um precipício a cada minuto. Melhor é ser louco, é sua fuga por onde a psicose esbalda sua onipotência. Ali você retoma o controle né?! Pelo menos na sua mente. Ultimamente até nos meus sonhos, meus desejos me perseguem, na fantasia do que ainda está distante. Palavras, palavras, escrevo, escrevo e nada sacia minha vontade de correr, de correr tão rápido que ninguém me alcançasse, sumir até um dia desses me achar de novo. É isso que preciso, me achar. Enquanto isso vamos levando não é?

Sabe o que é pior do que ficar preso? É ficar preso e na sua cela ter uma janela pro mar. O mar é diferente de tudo o que você já viu, porque ele não é um campo parado, ou uma cidade de pedra. O mar é movimento, o tempo todo. Isso me tira o sono, não suporto a idéia de ser estatua de pedra, nem mais um minuto. Mas eu espero. Eu tinha muito ódio com o mundo lá fora, pensava que não me compreendiam. Hoje vejo que muito dos sentidos que temos está fora de nós, justamente com eles. Eles nos integram, nos resignificam, mais acima de tudo nos lembram que estamos nos movendo, e não repetindo. Espero fluidez.

O sol vai nascer daqui a pouco tempo, estou sentado aqui sem rumo ou direção, barba mal feita, olheiras nos olhos, um leve desconforto no pescoço e estomago, mas pouco me importo. Estranho como me sento e espero alguma resposta cair no meu colo. Insanidade eu acho, sei que não existem respostas. Então porque me preocupo ainda? Caminhei tantos anos pelo vazio, agora percebi que não preciso preenchê-lo, o vazio nem existia, ele não existe e nunca vai existir na realidade. Eu faço meu medo e minha angustia na escultura do meu eu, ou será ele que faz? Pouco importa.

Eu espero o tempo passar, enquanto crio coragem de dar um mergulho, mesmo que isso me custe morrer na praia. Afinal ainda não aprendi a nadar, mas se não tentar como aprender? E como eu anseio por isso. Meu consciente ficou treinado a encontrar meu inconsciente. Digam-me: Pra que alguém escreveria algo se não com intuito de obter no final das quantas, alguma resposta? Quando um simples desabafo já está nada mais nada menos que em você mesmo.



terça-feira, 2 de novembro de 2010

FILME - A Origem (2010)


Inception ou “A origem” em português, é um filme para assistir e ficar pensando a semana toda. Levando diferentes pessoas a conclusões e percepções diferenciadas do filme.

Pode-se questionar uma visão artística da mente humana, da política, do poder das palavras sobre a mentalidade humana. Ou melhor, pela influencia de uma idéia na cabeça das pessoas. E como é manipulável e moldável o ser humano, no plano do sentir das emoções que traçam e constroem pontes do seu ir e vir, definindo quem somos e como olhamos cada fato ao nosso redor. Já na política, ou relações humanas, como uma idéia pode se alastrar como um vírus, tomar conta e fazer tudo “funcionar” em torno desta. O Nazismo e o Catolicismo que o digam.

Outro olhar bem interessante, é que logo se nota o dedo de um psicanalista no roteiro, impossível dizer ao contrario. Lidar com subconsciente, com resquícios do passado que nos assolam, os famosos “fantasmas do tempo”, imortalizados e presentes, pela culpa e o medo. Os sonhos, dos desejos mais inconscientes, misturados com o que é real? O que é ilusão? Pois mesmo quando sonhamos e vivemos um sonho, dificilmente percebemos que é um sonho, mesmo o ambiente sendo tão diferente. Um desapertar em queda-livre... Dá pra se esconder de si próprio?

Filósofos à parte, poderiam se questionar o que é, e o que não é a realidade? Até que ponto sabemos, ou temos certeza do que alem de nós é real? Lembra Descartes com sua idéia complexa e simples, “a única certeza que você tem é que você existe, pois você pensa, o resto nunca terá certeza se realmente existe.” A loucura.

Filme fantástico, imagem e roteiro belíssimo. Cena de um cinema novo lembra Matrix. E não poderia ser diferente no mundo dos sonhos e da mente, onde tudo é possível, o tempo tem uma denotação diferente, numa mistura intensa de sentir, viver, e se expressar, somos Deuses em nós mesmos.


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

FILME - O Óleo de Lorenzo (1992)


Vocês já ouviram aquela velha e sábia história do: “Nunca julgue um livro pela capa?”, vamos criar uma nova frase com base naquela: “Nunca julgue um filme pelo titulo”. Embora estejamos na era digital em que tudo você pode encontrar na Internet, eu ainda gosto de vez em quando de ir a locadora “dar uma olhada”, ainda mais buscar filmes antigos.

Sempre que passava um nome estranho me chamava atenção: “O Óleo de Lorenzo”, “Mas que diabos de nome é este?!” me indagava, e acabava não o pegando para assistir. Esses dias atrás tirei na sorte e aluguei.

O Óleo de Lorenzo é um filme de 1992, tem quase 20 anos. E está agora fazendo parte dos melhores filmes que já vi na vida. Se estou comentando dele no Blog, tenham certeza que ele realmente é fantástico. Uma história baseada em fatos reais e que sem duvida mudou o mundo cientifico e o tratamento aos doentes de ADL (Adrenoleucodistrofia) - pena ser tão pouco conhecida a historia, que nos envolve de uma forma. Já lhe aviso o filme poderá te DESTRUIR, digo emocionalmente (cenas fortes), pra construir pedaço por pedaço de novo até o final.

A história passa em torno de uma família, de uma mãe e um pai, que se vêem deparados com seu filho de 5 anos, doente de uma rara doença genética neurodegenerativa, sem cura os médicos dão no máximo mais 2 anos de vida ao pequeno Lorenzo. Os pais num espírito crítico ao sistema político e cientifico da época, fazem de tudo para conseguir uma terapia que salve seu pequeno menino.

Deparados com a falta de respeito e ética para com o ser humano, e um sistema que só se interessa nas maiorias, se esgotam de ver seu filho ser cobaia humana da ciência médica e de tão pouco caso. Vão á busca do conhecimento necessário para eles próprios desenvolverem uma cura para doença. Um estudo sem fim, e com tempo escasso á favor da vida.

O filme te envolverá com certeza, nos faz dar valor à singularidade de uma única pessoa, e como isso é relevante, não somos números ou maquinas, somos humanos e cada um tem um valor imensurável.

Ver a relação afetiva que uma família girando em torno do amor é de encher os olhos, e também nos alertando que neste mundo das generalizações devemos enxergar e respeitar a forma de se expressar e ser das pessoas, agindo a favor da mudança ativa e com coragem pra um mundo melhor.

Assista mudará sua forma de pensar muitos contextos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Fé voltando a Idade Média! - O perigo vem com Marketing (parte 3 – final)

Quero postar um vídeo aqui sobre um caso especifico do Brasil, da igreja Universal do Reino de Deus. (evangélica) Eu fico admirado como vários seres humanos perderam suas capacidades de reflexão do mundo e de si mesmo, pra pararem um pouco em suas atitudes e enxergarem que “porcaria” estão fazendo. Como estão sendo enganados.

A rede globo em uma reportagem no jornal nacional anos atrás denunciou o líder da igreja Universal, Edir Macedo quando este explicitamente foi gravado ensinando a pastores como roubar mais dinheiro dos fieis utilizando a fé dos mesmos e técnicas para isto. A igreja nestes últimos anos só aumentou seus seguidores, e pior Edir Macedo continua como líder e aliado a rede Record de TV que é fruto de investimento de dinheiro roubado. Aclamado e adorado, Edir Macedo ainda segue pedindo 10% do salário como dizimo de cada fiel. Pergunto-me aonde vamos parar se não dermos limites a estas instituições perversas.

Ressalto agora um grande investimento econômico que a igreja Universal está prestes a iniciar, a construção do Templo de Salomão em São Paulo, vocês já ouviram sobre? É um templo gigantesco, terá 126 metros de comprimento, 104 metros de largura e 55 metros de altura. Aparentemente visto como elemento para turismo para o Brasil, eu vejo como grande objeto de alienação e propaganda em massa.

VIDEO - Denuncia do Jornal Nacional (rede globo) sobre lider da igreja Universal do Reino de Deus, - desvio do dizimo e enriquecimento proprio. (Edir Macedo é o atual lider 2010).

Recentemente temos outro Líder de uma igreja evangélica, conhecido como Pastor homofobico Silas Malafaia, que além de ganhar cada vez mais espaço na televisão, ainda pretende conseguir por um plano absurdo; 1 milhão de colaboradores, a contribuição seria de 1000 reais cada pessoa, pra alcançar a quantia de 1 bilhão de reais, assim fundar um canal de TV (http://mais.uol.com.br/view/4956926). (Se conseguisse seria um caos, disseminação de bobagens em massa). Se diz psicólogo, por tirar seu diploma em algum lugar, felizmente o conselho de psicologia já está caçando sua licença. Outra situação recente se refere a candidata Dilma Rousseff á presidência, num encontro (14.10.10) com representantes de diferentes igrejas, foi fortemente pressionada por lideres evangélicos a assinar desde já uma posição anti aborto e anti o casamento homossexual. (http://br.eleicoes.yahoo.net/noticia/dilma-resiste-a-assinar-manifesto-antiaborto.html). - Ai mora o perigo, estamos alimentando este atraso social. Estes casos influenciam diretamente na opinião publica e, portanto na democracia, nas leis e justiça do país.

O Brasil é conhecido por sua diversidade étnica e cultural, não devemos permitir que se restrinja a engajar-se nos dogmas religioso que apenas afastam as singularidades das pessoas e suas formas de viver, e se expressar. As religiões que não respeitam as escolhas humanas. Vemos hoje a religião, por exemplo, se “meter” em assuntos como o ABORTO, O CASAMENTO GAY, A EUTANÁSIA, etc. Estudos científicos que podem trazer grande avanço à humanidade como das células tronco são barrados quando caem na fala religiosa. Acredito que estes assuntos não devem ser da alçada das religiões, estes assuntos são pra discussão social, cientifico, filosófico e ético.

Meus amigos sejam críticos, se não acreditam em mim, procurem na historia da humanidade, porque você acha, por exemplo, que a religião cristã sempre defendeu a heterossexualidade? Porque em milênios anteriores ela precisava de um exercito cada vez mais numeroso, e como conseguir isso, através - proibindo outras formas de relacionamento que não a de reprodução. Claro que anos após anos ela foi moldando e encobrindo. Cada regrinha religiosa, cada versículo da bíblia ou qualquer outro livro de dominação, tem uma base gananciosa pra lucrar com isto ou aquilo.

Concluo, as religiões devem ter limites por lei, sendo estas não fundada em valores morais de fundo religioso. Acredito que deve se criar um ministério da religião que investigue a forma que está sendo usado à arrecadação do dizimo, e deve ser mostrado em sites de divulgação transparentes, de forma clara e objetiva como está sendo usado, tanto para obras quanto para filantropia, real por real. Tendo também, um espaço especifico e delimitado da participação da religião em debates, restringindo sua “liberdade de expressão” que hoje se torna cada vez mais uma manipulação e caluniação livre. E tendo seus limites nos meios de comunicação, isto não é autoritarismo ou paternalismo, não prego ditadura sou contra a mesma, foco aqui numa barreira a algo que virou hoje um atraso para a humanidade. Virou instituição lucrativa e manipuladora.

Respeitar a fé das pessoas é primordial, mas devemos SIM contestar os lideres religiosos como suas doutrinas religiosas e seus dogmas, uma vez que já erramos na idade média, não podemos cometer o mesmo erro. Devemos nos livrar das sombras de uma nova idade das trevas.

Enriquecimento de instituições pela fé cega (parte 2 de 3)

A maior religião do mundo; a católica já é o marco de como uma religião até então aparentemente boa ao povo, pode conter uma mancha de sangue em sua história. Nunca uma instituição privada lucrará tanto quanto lucrou a católica durante mais de um milênio, com saques, e roubos por força física. A inquisição não era mais do que uma força militar da igreja que queimava ou enforcava todos que eram contra suas idéias. Igreja que fazia guerras como a guerra santa em Jerusalém na idade média (Cruzadas). Ai mora o perigo que ronda até os dias contemporâneos, o perigo na idéia que as religiões não devem ser contestadas. As religiões não devem ser só contestadas como também devem pagar pelas conseqüências de seus atos.

É muito desgastante falar sobre as religiões, pois elas estão enraizadas em diferentes paises e culturas, tentar explicar determinado assunto a um religioso fanático é falar com uma porta que não pensa, e não reflete. Meus amigos sinceramente eu acabaria com a bíblia (sei que muitos me xingaram agora), mas este é um livro contendo meia dúzia de histórias boas, o resto é usado como instrumento de dominação em palavras pra ALIENAÇÃO e controle pela fé. Nunca vi um instrumento que dominasse tanto o ser humano do que a bíblia. É de fato, ele dá solução á angustia do pós-morte que teremos que enfrentar e sempre dá esperanças aos problemas não é mesmo? – pois fornece esperança na intervenção divina, porem não para ai e num jogo de palavras convence a pessoa ser temente a um suposto Deus, e seguir a religião, para assim conseguir graças (milagres) e não for mandado ao inferno (até hoje isso me soa como uma piada). É isso que queremos quando aceitamos uma religião meus amigos. É esperança, pois somos fracos (ainda) pra encarar que somos livres no mundo e não temos a resposta pra tudo. Devemos amadurecer como seres humanos, para á independencia, não essencialmente fisica, mas mental, pra usufruirmos mais da nossa vida e deixar que outros usufruam das suas.

Enfim é triste ver que varias legislações, e até mesmo leis, como até a justiça de todo um pais pode ser fundada a partir de fundamentos religiosos. E que atraso nos temos.

Não aprendemos que nos séculos que a religião dominou no passado foram anos de trevas? Assim denominado pela história humana. O iluminismo veio com a ciência, com o estudo, o conhecimento, a filosofia, e não as babarias que a religião sempre defendeu.

Como a população não percebe, que a maioria dos lideres de suas religiões que dizem pra não se apegarem no plano material, estarem envoltos de ouro e dinheiro. Meus amigos a religião precisa de você pra tomar seu dinheiro, os lideres da cúpula das religiões vivem pra isso, é já está tão explícito em algumas religiões. O papa vive no vaticano com luxo, Edir Macedo líder da igreja Universal, tem mansão, carros, e vive no luxo também, poucos são os exemplos de lideres religiosos que nem Dalai Lama que vive na pobreza, ou com nenhum luxo possível. Não digo que isso seja regra, mas aponto aqui a CONTRADIÇÃO do que tais lideres tanto pregam e fazem.

Algumas religiões pregam a violência contra outros povos, até mesmo em forma de terrorismo, algumas que nem posso criticar, pois corro o risco de levar uma bomba na cara. Na católica contemporaneamente a explosão de padres pedófilos, talvez a mais forte evidencia que nem mesmo eles (padres) seguem sua própria doutrina. Doutrinas em muitos termos absurda e atrasada no tempo, que condena, por exemplo, a camisinha, o homossexualismo, a relação sexual não sendo para reprodução, etc. Claro que existem sim padres fiéis ao que fazem, que vivem em seus quartinhos, recebendo um baixíssimo salário mínimo, este é vitima de quem mais critico aqui, que são os LIDERES de cada religião, ou melhor, instituição que guia a opinião publica e atrasa o progresso humano.

VIDEO – Visão de um cientista, e ateu sobre os males da religião, nos “soldados da fé”, na violência e terror.

A religião e o ser humano – Institucionalização e comercialização da fé (parte 1 de 3)

Sempre que falava em religião na minha adolescência, eu era muito critico e persistente, às vezes até muito imperativo e rígido a quem era religioso. Hoje com mais plenitude e experiência, sei que este assunto por si, é um assunto muito complexo e delicado. Expor a opinião, á critica em si, é primordial, mas deve-se respeitar a fé popular, pois esta envolve um conjunto de crenças e valores que estão enraizados na cultura, que servem de acalanto as pessoas, ou que se abordados diretamente podem trazer muito sofrimento.

Escolher ter uma religião, acreditar no místico ou imaginário é uma opção humana e injulgável. As religiões como a fé das pessoas é um fator humano, que existe durante os milênios e diferentes culturas. Porem, não devemos permitir como críticos sociais, a favor da mudança e uma sociedade melhor, que crenças e dogmas religiosos não caiam em debates éticos. As religiões como instituições hierarquizadas que são, NÃO estão acima de tudo, e deveremos sim nas próximas décadas REVER vários conceitos, e privilégios das religiões no que diz respeito a influencia e participação em decisões sociais. Isso se quisermos uma sociedade futura mais desenvolvida e livre nos contextos humanos e ideológicos.

A religião (neste texto uso a palavra religião me referindo especificamente a quatro instituições dentre varias de má índole corporativo: a católica, evangélicas, islâmica, judaica) são sim instituições de caráter corporativo, isso já é mais que explicito, algumas com fins lucrativos próprios infelizmente. Algumas religiões utilizam-se da fé cega dos seus freqüentadores para retirar dinheiro, que pode ser da forma explicita no dizimo, ou na forma de “quermesses” ou “feiras” aonde os preços são elevadíssimos. Até que ponto o dinheiro que deveria ir para obras sociais e caridade o realmente vai? Sabemos que muitas caixa 2 acontecem infelizmente, e nada é feito ou questionado.

Até que ponto a religião está invadindo os veículos de comunicação e implantando idéias fechadas, pejorativas e errôneas sobre variados contextos humanos. Até que ponto estamos permitindo isto, vendo como liberdade de expressão ou forma cultural, mas que está invadindo e pregando a própria violência e exclusão na sociedade, e que força isso está tomando na sociedade mais alienada e pras futuras gerações?

Vocês me perguntam “Diego qual sua opinião afinal sobre as religiões?”. Responderei sinceramente, anos atrás, eu mesmo não sendo religioso, achava que as religiões eram boas pra humanidade, eram um apoio, ou “contensão” de diversos problemas, acredito que minha ingenuidade na época fundou essas idéias. Hoje digo radicalmente com todas as letras: “RELIGIÃO É UM ATRASO PARA HUMANIDADE”, levando em conta que podemos ter religiosidade e crenças sem que seja preciso freqüentar uma religião.

O ser humano evoluiu em sua espécie e inteligência, e fundou vários ramos do conhecimento que podem lhe trazer bom convívio social, harmonia, respeito e ética. Temos a filosofia, a psicologia, a sociologia, entre vários outros ramos do conhecimento que podem trazer ao homem o “bem e a ordem” o tirando de seus desejos e vontades “instituais” e de uma sociedade do “caos”, saliento este ponto que já que é um dos hálibes defendidos pelas religiões.

Como diz Plínio Arruda na política; “fazem melhorias, mas não resolvem nada.” Eu digo sobre a religião, que hoje não é mais necessária, pois tira o foco das pessoas sobre os verdadeiros males que estão nas relações humanas defasadas, nesta alienação e domínio que estamos vivendo de uma elite no poder.

Bato na tecla, a educação não deve ser cristã ou moral, se educarmos nossas crianças com estes valores, teremos carniceiros, preconceituosos e com mentes fechadas pra vários contextos humanos. Precisamos de uma educação voltada na filosofia, na sociologia, na psicologia, ramos que são livres de idéias fechadas, que respeitam as diferentes formas de ser, se expressar e viver (singularidades) do ser humano, ao mesmo tempo em que convergem na introdução do respeito e ética coletiva.

Não quero generalizar, leio muito sobre as doutrinas das religiões pra poder criticá-las, e existem sim algumas exceções como o Budismo que até então eu só tenho a elogiar. Temos nele um modelo. Se não o conhece leia sobre e verá a diferença! Algumas formas de espiritismo também se salvam.

Começo agora 2 textos que abordarei detalhadamente os problemas “ocultos” das religiões.

Vídeo – Um exemplo de religiosidade, um homem que até acredita na bíblia, mas indica uma interpretação errada dela pela religião.





Livre-se de tudo o que aprendeu, permita-se ver este vídeo sem o velcro das idéias formadas, se liberte. Mesmo sabendo que as pessoas iram sofrer sem a religião pra acalmarem suas angustias, como educador eu não posso me permitir pensar em concordar com o errado, com a involução humana. Acredito que o homem é um ser ilimitado em potencialidades e possibilidades de existir, e vai saber viver bem sem a instituição perversa da religião.

domingo, 12 de setembro de 2010

Filme - Ken Park (2002)


É ótimo poder indicar um filme que você tem certeza que vai marcar as pessoas de alguma maneira. Indicar um filme que não vai ser “mais um” dos montantes que nós assistimos na vida e que passam despercebidos ou que não acrescentam em nada. Ken Park foi construído pra marcar, te fará refletir muito sobre variados contextos. As cenas por si são fortes, com imagens e roteiro bruto, mas nada superficiais pelo contrario não tiram a beleza da arte, da realidade e do cinema.

Gosto de pensar que é um treino pra nossa vida, pra que possamos começar olhar variados contextos humanos de forma mais livre, sem o velcro das idéias fechadas e morais.

O filme começa com um suicídio com direito a sangue na tela. Já lhe aviso pra não desistir do filme antes mesmo de conhecê-lo, temos que começar a experimentar antes de julgar. As cenas fortes levam por trás personalidades belas, excêntricas e intrigantes.

São histórias paralelas de um grupo de amigos adolescentes em que cada um vive uma vida diferente e rica em histórias.

Entre as tantas temáticas que você poderá enxergar no filme estão; a traição; a dificuldade de aceitar o envelhecimento para o adulto da meia idade; hipocrisia do que se diz religioso; desejos sexuais pelos filhos; frustração e não superação do luto que vira doença; até que ponto os pais ou as pessoas podem “descontar” suas frustrações nos outros, inclusive nos filhos e como uma mente psicopata/infantil se cria. Aposto que deu vontade de assistir e se deliciar com as tantas aprendizagens que o filme pode lhe trazer.

Ken Park tráz e engloba essas temáticas do filme relacionando-as com a adolescência, as amizades e a liberdade que essa época propicia junto com a beleza da sexualidade jovem, que nunca deveria morrer.

Será o adolescente “complicado”, ou o mundo que ele vive que é?

Questione-se degustando de um excelente filme. Abra sua mente.

domingo, 5 de setembro de 2010

Ambigüidade do Ser – Filosofando –

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Liberdade na gênese da existência humana


Alguns conceitos que acreditamos serem reais e “obrigatórios” não condizem com a realidade, ao contrario nos aprisionam dentro de nós mesmo, nos trazendo sofrimento ou nos restringindo na vida, por isso proponho livrar-se do conhecimento acumulado.

As palavras de Saint-Exupéry, “... de conduzi-lo de volta a você, é uma bela coisa, mas no fim de ser levado de volta a si mesmo você terá de resolver, até certo ponto, quem realmente gostaria de ser tornar”. Para isso terá que se livrar da bagagem alheia, de idéias fechadas.


Nascemos livres pra escolher diferentes possibilidades de viver, mas pra que escolhamos é primordial que conheçamos nossas alternativas. Portanto é inquestionável e imprescindível que saibamos o quanto somos livres em gênese pra optar e responder por nossas escolhas.


Agora sim poderei entrar no tema que gostaria, a bissexualidade. Aposto que o termo em si pode lhe assustar. Pois a bissexualidade contemporaneamente na cultura ocidental e oriental é vista de forma deturpada. A sociedade ainda muito arcaica e fundada na moral e dogmas religiosos ainda vê variados contextos humanos de forma errônea e pejorativa.



Olhamos para o bissexual como o indeciso, “o cara em cima do muro”, pois “não se decidiu”. Eu lhe pergunto o que é decidir? Temos uma mania horrível de querer classificar, de querer rotular, dar um nome às coisas, etiquetá-las e colocá-las em caixas e mandá-las para esteiras mecanicistas da sociedade. Karl Marx diria que nos coisificamo-nos muitas vezes.

Não vejo problema algum de você optar e escolher um gênero sexual pra se relacionar, ora recusar o outro também é optar, e como ser humano livre não há problema algum. Aqui não quero que se classifique, pelo contrario quero que seja livre e não se classifique. Não faço apologia ao bissexualismo e sim ofereço uma perspectiva existencial de conscientizá-lo. - Que você de fundo existencial é bissexual, pois é livre pra escolher homens ou mulheres. E mesmo que opte a um gênero, de fundo existencial humano sempre será livre pra mudar de escolha, logo sempre será bissexual em essência.

Agora você deve estar no mínimo confuso, e com raiva do autor. Mas isso é compreensível. Pois você aprendeu que tinha que decidir, que tinha que escolher uma única alternativa e que isso era continuo e imutável. Sou heterossexual ou sou homossexual. Quando você diz/pensa; “sou hetero” você se limita e se restringe no tempo e na mente, pois você é humano e existem outros maravilhosos seres humanos que nem você e do mesmo sexo que você, do qual poderia se relacionar. Você se permitiria tal relação? – Se “não”, porque não?! Do mesmo jeito os homossexuais que se restringem. Muitos diriam, “ah mais eu tenho nojo do sexo oposto”. Meu amigo ninguém nasce com nojo, ninguém nasce com preconceito racial, ninguém nasce com concepção alguma. Você aprendeu, você construiu esse nojo que de fundo não existe. Espero que você saiba que não nasceu com nojo.

Você pode escolher ter relações heterossexuais, homossexuais, ser assexuado, etc. Às vezes escuto: “Sou gay e não gosto de mulheres”. É uma opção também. Pode estar relacionada a suas vivencias, a suas aprendizagens, é pessoal e indiscutível. Mas não entendo exagerações: “odeio todas as mulheres do mundo”. Pergunto-me porque?! Existem mulheres maravilhosas e aposto que o gay que disse isso não conhece todas as mulheres do mundo pra dizer que não ira gostar de nenhuma, então porque generalizou? Até mesmo o corpo, é diferente, nenhuma mulher tem corpo igual, nem homem tem corpo igual, nem o sexo (ato) em si é igual.

Nem falo nada das religiões porque a maioria exige o seguimento de suas regrinhas e dogmas, que são de fundo umas baboseiras, criadas pelo homem pra alienar você.

Será que a questão é só mesmo pênis e vagina? Será? – Se for isso tudo bem, mas se não for... Pense se você não está vivendo uma idéia pré-formulada no qual temos que escolher, nos classificar, assim seremos aceitos, assim seremos alguém e faremos parte de um grupo. - Que idéia equivocada essa!


Desde os anos 90 fala-se muito em bissexualidade. A manchete de capa da revista americana Newsweek de julho de 1995 era: "Bissexualidade: nem homo nem hetero. Uma nova identidade sexual emerge”. É possível que num futuro próximo, com a dissolução da fronteira entre o masculino e o feminino, as pessoas escolham seus parceiros amorosos e sexuais pelas características de personalidade, não mais por serem homens ou mulheres. A bissexualidade poderá se tornar, então, bastante comum. A ponto de predominar.


Se você, por exemplo, tem um relacionamento hetero, e perguntam o que você é? A priori você não hesitará em responder: “sou hetero”. A pergunta deveria ser “você está vivendo um relacionamento...(?)” – “estou vivendo um relacionamento hetero”. Quando perguntamos o que a pessoa é, referente a suas escolhas sexuais forçamos uma definição geral e não a sua atual condição quanto relacionamento. De fundo temos uma resposta cabível: “sou bissexual, pois estou aberto ao mundo, e não me restrinjo. Eu vivo!”. Pra encurtá-la: “gosto de pessoas”. E não digo que seja importante essa resposta pros outros, isso não é importante! O importante é que você ao fundo saiba disso, saiba que é livre.

Podemos viver nossa vida e ter ao nosso lado pessoas maravilhosas do sexo oposto, e que ótimo isso é. Mas para sermos livres não deveríamos nos restringir se o mesmo sexo aparecer e nos oferecer compartilhar, tanto o corpo como a companhia. Porque às vezes tendemos a nem pensamos nas opções, “ah nunca, pensar nisto?! Deus nos livre” – Pare com isso se permita pensar. Pensar é experimentar da vida também. Pensamos em coisas horríveis e cruéis e não seremos hipócritas de negar, então porque não pelo menos pensarmos em outras alternativas na nossa vida?

Imagine-se desde pequeno crescendo em outra família, outro país ou outra cultura, e pense se você teria a mesma “cabeça” a mesma personalidade que você construiu pra si.

Sei que queremos acreditar na idéia que existe algo biológico, que existe uma força universal talvez até espiritual, que fez nós sermos o que somos. Às vezes escuto, “eu nasci gay”, meu amigo você optou em ser gay, e até que geneticistas provem ao contrario (se conseguirem) essa é a realidade. Mas isso não é triste, não é pejorativo, é uma das definições mais perfeitas, pois “sou o escultor de mim mesmo”, eu sou o fruto de minhas escolhas e vivencias produto da minha liberdade. Não existe coisa mais bonita de se ouvir, pelo menos enxergo dessa maneira.




Em 1975, a famosa antropóloga Margareth Mead declarou: "Acho que chegou o tempo em que devemos reconhecer a bissexualidade como uma forma normal de comportamento humano. É importante mudar atitudes tradicionais em relação ao homossexualismo, mas realmente não deveremos conseguir retirar a carapaça de nossas crenças culturais sobre escolha sexual se não admitirmos a capacidade bem documentada (atestada no correr dos tempos) de o ser humano amar pessoas de ambos os sexos."


Confesso que conheci poucos bissexuais que realmente são bissexuais, a maioria está mesmo “em cima do muro” se esquivando por medos inclusive de opiniões sociais. E infelizmente inventam uma coisa que acho no mínimo controvérsia. A questão da “preferência”... “Sou bi e prefiro tal gênero...”. Se você tem preferência logo não tem uma “filosofia bi”, logo está se limitando novamente, inclusive metafisicamente.

Pergunto a vocês: “Vocês conseguem escolher por quem vão se apaixonar?” – Alguns dirão que sim, então reformulo a pergunta: “Vocês se restringem a gostar somente de um tipo especifico de característica nas pessoas?” Explicarei melhor, você por acaso coloca na sua cabeça: “só amarei mulheres lindas dos olhos azuis com 1,75 de altura, que tenham pele clara e uma voz perfeita”. Você até pode escolher essas “metas” pro amor, mas afirmo será superficial. Pois ao fundo não escolhemos a caracterização da pessoa por quem nos apaixonamos verdadeiramente, isso não é por si só fundamental numa “boa relação”, outros fatores também serão extremamente importantes – a singularidade. E mesmo que a pessoa tenha os atributos que queremos, não nos restringimos tanto a essas características (ao longo do tempo).

Ora o gostar de alguém acontece, pode ser negra ou branca, pode ser rico ou pobre, pode ser alto, quem nunca se apaixonou por um baixinho?. Podemos às vezes até resistir por nossas “preferências”, mas o que nos atrai muitas vezes é mais profundo. É a personalidade, a singularidade do outro que nos atrai verdadeiramente. (falo de uma relação não superficial)

Quando amamos levamos em conta não só o corpo, mas também a personalidade, assim escolhemos compartilhar as coisas e podemos usufruir com mais intensidade uma relação.

A personalidade em si é diferente de sexos – feminino/masculino, dizer que homem tem personalidade forte e mulher frágil é do século passado. Já percebemos que mulheres e homens têm “gênios” e personalidades distintas e diferenciadas, não existe um padrão. Cada pessoa é singular e única.

Logo pensamos; personalidade é uma coisa única, o que me impede de gostar de uma personalidade do sexo oposto em dado momento e em outra etapa de minha vida gostar de uma personalidade do mesmo sexo? Nada impede!


Você deve se livrar das barreiras que aprendeu pra poder se permitir, a pensar diferente, e com maior liberdade. Qual o valor da opinião alheia sobre sua vida? Será que vale realmente você viver uma vida regrada e superficial? Afinal é da sua vida que estamos falando, do seu tempo, que é escasso.

A ambigüidade no bissexualismo não é “safadeza ou promiscuidade” não quer dizer sair de uma relação monogâmica pra orgias, isso é uma visão deturpada também. Eu não sou contra relação monogâmica, nunca fui contra. Sou contra as amarras que nós mesmos nos colocamos e depois frente a diferentes situações não sabemos o porque nos sentimos tão “presos”, o porque não podemos tal coisa. Ai nem pensamos que perdemos a chance de ter vivido algo.

Aqui temos apenas uma perspectiva como já disse. Não quero que se rotule, seria contra meus princípios, mas quero que entenda nesse aspecto que no fundo você aprende o que é certo e errado, o que “pode” e o que “não pode”. Isso serve pra vários aspectos de sua vida.

Marjorie Garber, professora da Universidade de Harvard, que elaborou um profundo estudo sobre o tema, “compara a afirmação de que os seres humanos são heterossexuais ou homossexuais às crenças de antigamente, como: o mundo é plano, o Sol gira ao redor da Terra. Acreditando que a bissexualidade tem algo fundamental a nos ensinar sobre a natureza do erotismo humano”.


Então pense se você não está se restringindo de algo, de experimentar e sentir. Lembre-se que neste contexto você não fará mal a ninguém, não agredirá, não matará ou ferirá a integridade de ninguém. Afinal é uma escolha pessoal e de conseqüências pessoais, está na opção de escolher livremente. E é só e apenas sua.

É uma opção humana e qualquer um pode fazê-la, pois faz parte da liberdade, liberdade na gênese da existência humana.

Quer ser livre, ou se restringir?

Viva escolhendo livremente!


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Amor, estranho amor – devaneios –

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões




Vi umas definições interessantes esses dias, "nós amamos o que nos faz mais falta, ou que mais almejamos ter."... pensei;

Amar é um misturar de sensações e percepções. Um gostoso saciar do que sou homem-mulher-ambiguidade, do que quero ser ou ter. “Eu sou ele, sou o que quero nele, logo eu quero tê-lo e obtê-lo de uma forma egocêntrica, narcísica, pois ele faz parte do que eu sou. E é claro alegórica, pois se tenho quero mostrá-lo, em toda minha onipotência”, Alguém toparia um amor escondido numa caverna? – acho que não seria tão bom - “Vejam que majestoso, estrondoso, sinto-no e sonhem com o que não lhe pertence. Estiga-me saber que se masturbam com minha posse, quando quem goza dela sou eu. Haha” – Loucura do amar? Ou devaneio de viver, de sentir e perceber...

Você é pragmático o amor então pode ser certamente influenciada por hormonios (tais como oxitocina), neurotransmissores (como NGF), e feromonios bem como a forma de pensar das pessoas o que faz com que estas se comportem com relação ao amor de maneira influenciada por suas concepções do que é o amor. Você pode defini-lo assim se o quiser...

Extinto sexual herdado em seu DNA, prazer indubitável e trivial, fervores puros, incontroláveis, “me leva a cometer tudo, até mesmo contra mim ou ele. Claro que ele é culpado pela minha loucura, afinal eu sou ele?” – Loucura da carne ou da mente?

Magneticamente revigorante, eletricamente perturbador - às vezes. Em algumas situações pode ser apavorante, ou sereno. Mas Inocente? Só pra quem mente.

Já vi ser quente e perverso ou singelamente doce e delicado. Pode ser vívido em suma liberdade ou pode ser suas piores correntes.

Nunca será o mesmo pra todos, ou melhor, é diferente pra cada um, têm cheiros, sabores, suores, calores, loucuras à parte.

Pode motivar, “... crio meu sentido de viver e existir aos seus olhos, aos seus elogios... a cada manhã, sinto sol em seu sorriso, não por me aquecer. Mas por realçar meu próprio brilho...”,

Algo que encoraja, leva o individuo aos astros, seria a droga do amor? Viciante e alucinante, seria a resposta pra dependência sórdida, mas tão adorada e aclamada... “Vamos, vamos travar uma guerra”, Tróia que diria, destruir a vida de um homem ou de muitos.

Amor estranho amor que pode criar um homem das cinzas também, levantá-lo, é um tipo de fé cega? - Talvez. “Por você eu faria tudo e mais o impossível, tão mais difícil seria morrer por você. Morreria! Mas viva o resto de sua vida por tributo ao meu amor, pois não quero sua liberdade, quero sua prisão nas minhas lembranças e no meu sacrifício”.

Dizem que quem ama deixa partir... É difícil? Diria quase impossível... Mas é real. Quer demostrar o que sente deixe livre. Pois o que aprisiona é tudo menos amor. Então vamos jogar este interjogo, no agora. Pois isto faz parte da minha humanidade.

Baixa auto-estima ou medo da solidão? Por ser meu porto seguro, ou minha segurança em tantas fraquezas? “Qual a razão por mesmo a você me dilacerar, me fazer sangrar ainda rezo por você, pra que seus olhos se voltem pra mim...” Masoquismo? Seria dar a outra face a tapa e continuar te amando? ... Ainda sou adepto ao amor próprio! Não gosto desse amor de amarras que adoece a todos.

Uma atração física ou energética? Material ou espiritual? De dependências e necessidades? Ou todo o contexto que a musica, as artes e a poesia podem nos lembrar.

Sensação do caos sereno que pode ensinar, amadurecer e compartilhar dos sentimentos e do companheirismo mais perfeito, como uma sinfonia sincronizada.

A ponto de entender o outro, de senti-lo de longe? Superstição x Razão. Ilusão ou conexão? Fazemos do misticismo prioridade, mas afinal nem sabemos ao certo o que é realidade! Sabemos o que sentimos e o que tornamos verdadeiros, aos nossos olhos... “foi o amor maior do mundo...” então que seja, afinal é seu existir, seu mundo.

Seja um amor de verão ou platônico. Ame como quiser! Mas por favor, por mim e por você, não seja o Romeu ou a Julieta. E mesmo que viverá a amargura da mágoa, um conselho: Não deixe de viver de novo por um passado, afinal, nada é igual, não se tranque na caverna e acompanhe sombras, mas saia pra ver de novo o sol, mesmo depois de uma tarde de chuva.

Sei que pra você o que eu digo ao final pouco importa, pois; “é nos olhos dele(a) que me acalmo, me deixo levar pela maré, é em seu toque que arrepia e traz desejos que me desnorteia, é em suas palavras que me perco e me derreto e não vejo mais nada, pois estou cego. Cego de amor.”

O que é o amor? Ele realmente existe ou é fruto de uma criação?

Enfim não basta entendê-lo, o melhor disso tudo é com certeza vivê-lo.


(...)

“Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.”

Soneto da Fidelidade – Vinícius de Moraes





"Sou as duas metades da laranja!"



E mesmo reunindo todo o sumo da nossa laranja, somos infinitamente carentes, infinitamente solitários, infinitamente alegres e de vez em quando felizes.
Apenas posso acreditar no amor, e em todas as suas formas...como será possível ser unilateral se o amor acontece quando menos esperamos.
A lealdade acima de tudo, espero meus amores leais, pois a fidelidade é extremamente relativa, apenas peço a sinceridade total para a partilha de novas paixões ou dessas mesmas paixões. Qual o interesse de guardar um amor tão grande num cofre se esse amor é tão maravilhoso e deverá ser para todos, apenas nos pertencemos a nós, por mais dura que seja a realidade...o que é o corpo ao compararmos com a nossa alma? sei que o amor é sagrado quando visto dessa forma, e não interessa a sua durabilidade mas sim a sua verdade. Sinto-me livre, sinto-me apaixonada por essa liberdade, sinto-me amada e desejada, sinto-me a viver, sem pressas, sem rotinas, sem rótulos, seM exigências, sem cobranças, apenas vivemos e vivemos sabendo que nada é eterno, mas nós podemos sempre torná-lo, pois o amores nascem, crescem e nunca morrem pois existem e existirão sempre mesmo que não seja na nossa vida como actuais amantes!

(Anu Areias, 2010)