terça-feira, 2 de novembro de 2010

FILME - A Origem (2010)


Inception ou “A origem” em português, é um filme para assistir e ficar pensando a semana toda. Levando diferentes pessoas a conclusões e percepções diferenciadas do filme.

Pode-se questionar uma visão artística da mente humana, da política, do poder das palavras sobre a mentalidade humana. Ou melhor, pela influencia de uma idéia na cabeça das pessoas. E como é manipulável e moldável o ser humano, no plano do sentir das emoções que traçam e constroem pontes do seu ir e vir, definindo quem somos e como olhamos cada fato ao nosso redor. Já na política, ou relações humanas, como uma idéia pode se alastrar como um vírus, tomar conta e fazer tudo “funcionar” em torno desta. O Nazismo e o Catolicismo que o digam.

Outro olhar bem interessante, é que logo se nota o dedo de um psicanalista no roteiro, impossível dizer ao contrario. Lidar com subconsciente, com resquícios do passado que nos assolam, os famosos “fantasmas do tempo”, imortalizados e presentes, pela culpa e o medo. Os sonhos, dos desejos mais inconscientes, misturados com o que é real? O que é ilusão? Pois mesmo quando sonhamos e vivemos um sonho, dificilmente percebemos que é um sonho, mesmo o ambiente sendo tão diferente. Um desapertar em queda-livre... Dá pra se esconder de si próprio?

Filósofos à parte, poderiam se questionar o que é, e o que não é a realidade? Até que ponto sabemos, ou temos certeza do que alem de nós é real? Lembra Descartes com sua idéia complexa e simples, “a única certeza que você tem é que você existe, pois você pensa, o resto nunca terá certeza se realmente existe.” A loucura.

Filme fantástico, imagem e roteiro belíssimo. Cena de um cinema novo lembra Matrix. E não poderia ser diferente no mundo dos sonhos e da mente, onde tudo é possível, o tempo tem uma denotação diferente, numa mistura intensa de sentir, viver, e se expressar, somos Deuses em nós mesmos.


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