quinta-feira, 22 de julho de 2010

A palavra é: Plenitude



Imagine seu olhar sobre a vida mudar de perspectiva, o que incomodava mais é indiferente, o que angustiava apenas se esvaire na linha do tempo. Você está diferente, talvez não saiba descrever mas seu olhar diz tudo, você cresceu, aprendeu, se ergueu... pequenos detalhes de futilidade não lhe interessam mais, é como se voltasse de uma prisão um abismo. E agora a chuva que bate em seu rosto neste momento, não é mais apenas água que cai do céu, mas é uma fonte de libertação, lava a alma, gota após gota em sua face, junto com uma brisa gelada que te arrepia,... é você está vivo! Pra sentir de novo o sol depois de uma tarde de chuva.”
Diego A. Rondon


“Chega um momento na vida de um homem que ele começa a...”. Bem que seria bom começar um texto assim, como se houvesse um tempo delimitado na vida de um ser humano em que ele começa um novo olhar ou perspectiva, um tempo em que ele começa a enxergar tudo diferente e assim muda - evolui, bem isso não existe muito na prática, talvez nem na teoria.
Viver, conhecer, aprender, etc... Palavras simples, vocabulário do senso comum, vividas cotidianamente por todos, porém cada uma com um valor imensurável. Viver é inevitável, mas viver com qualidade é diferente, viver feliz muito mais, e viver pleno é aproveitar o tempo. É incrível como o ser humano é carregado, é influenciado, e pior gosta disso, alguns vivem pra isso. Porque a opinião alheia é tão importante? Será que precisamos tanto disto? Será que a aprovação social nos dá realmente felicidade? Não sei, creio que não.
As relações com o Outro, com as pessoas que nos cercam, é primordial, diria até é lindo, mágico, não abusarei de adjetivos creio que a poesia, a musica e a arte falam por si. A questão é, conviver com as pessoas será ser sinônimo de viver para o Outro? Para as pessoas? Para admiração do outro, e realização dos desejos e vontades dos outros? (que chato isso!) Acho que não é por ai... Será que a gente realmente se “curti” sozinho? Se gosta? Ou melhor, aproveita consigo mesmo o tempo, se tolera?
Será que precisamos provar o tempo todo para nossos pais ou familiares o quanto seremos “bem-sucedidos”, “talvez obediente” em alguns casos “moralmente correto”, será que isso é necessário? Não digo que não seja, mas penso será que isso te faz bem? Será que você acredita em metade das ideologias que te colocaram na cabeça desde pequeno? Ou somente as repetes como bom escoteiro. Ou no final você só acaba num precipício de fugas, e medos de sair da linha, “é verdade, o que pensaram de mim eles?” Se afunda em desejos, vontades, desperdiça de novo o tempo, a qualidade do seu tempo... de sua vida.
No amor sabias palavras de Fernando Pessoa: “Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não poderemos crescer emocionalmente. Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes é preciso ser Um.”
Viver a própria solidão parece sombrio isto, mas não é. Difícil com certeza. A própria solidão é enfrentar os medos, os anseios, as angustias de conviver com nada mais nada menos consigo mesmo. Há aquelas pessoas que não conseguem passar 1 hora sozinhas..., Medo da solidão? Nem sempre... Ou angustia de passar o tempo consigo mesmo. De olhar no espelho interno e ver a menina gorda-caveira da anorexia, ou a garota adolescente-peituda cheia de plástica de 60 anos. Mascaras exteriores, e um vazio sem igual interior. Por ligar pela opinião alheia? Se encher de bomba ser o Schwarzenegger do século 21, Ou ser o excêntrico da moda, uma Lady Gaga frustrada, só pra olhar as pessoas como “meros mortais”, é alguns vêem prazer de jogar dinheiro, poder e luxo nas fuças dos outros, existe até os sádicos que viram fã, (...éh seguidores de twitter), Ser a namorada do traficante no morro? Ou ser o caridoso, filantropo, que ajuda a todos, e usa uma camiseta como um letreiro luminoso dizendo, “Yes, eu ajudei!”
[...]

Por ter a imaturidade de não querer se frustrar, ver que as coisas acabam, se esvaírem com o tempo? Talvez. Os drogados (maconha, álcool, hipocondríacos, obesos-“voluntários”, etc) estes sim sabem lidar consigo mesmo!(irônico, é obvio) Tanto que fogem de si mesmos, e da realidade, se afundam muitas vezes voluntariamente no poço, e depois até relutam quando se estendem algumas mãos para puxá-los de volta. É “Doente” hoje virou moda social, “sou tão ínfimo que a doença me dá identidade...”. Não que ninguém erre, todo mundo erra até mesmo os “bandidos”,e merecem novas chances (tirando os políticos) a todo caso um dia eles podem virar evangélicos (um dia apanho por certas brincadeiras infantis). Errar não é o caso, nem o certo e o errado, que em toda cultura, momento histórico é sempre relativo. Gosto do conceito de honra acho que sendo do “bem” ou “mal” honra é uma só, e demarca o caráter (coisa muito minha isso).
Freud já apontava como prepotentes e arrogantes seguimos, “o problema está sempre no quintal do vizinho” é a onipotência de querer controlar tudo, de querer narcisicamente o mundo moldado a nossos pés, o Stress contemporâneo se alastra como praga numa colheita. Um mundo diria até muito hipócrita, aonde se nega preconceitos e desigualdades. É o imediatismo dos tempos modernos, o individual prevalece, cada um por si, “caça e caçador”, diria tão selvagem, para os que se julgam desenvolvidos das espécies, os intelectuais. Alguns “indivíduos” deveriam até deixar serem chamados de “humanos”, de humanidade só o biológico prevalece, no mental - verdadeiros animais. (não querendo ser pejorativo com os animais gosto deles).
Gosto de lidar com a questão do tempo, não sei se por juízo a uma possível loucura que se instalaria, se por fé, ou se por burrice, o homem pensa que é infinito em sua existência, e como conseqüente deixa de aproveitar e dar o devido valor ao tempo, bem não vou ficar filosofando se é ou não religião, fé, é sempre complicado. Mas é inevitável não pensar como o homem desperdiça o que tem de mais precioso o Tempo.
A não ser que você seja um gato com possíveis sete vidas, o homem só vive uma. Ouvir a historia de um homem metalúrgico que viveu sua vida trabalhando e se esgotando 9 horas, as vezes 10 horas por dia numa usina, só pra “juntar” a famosa poupança tão idolatrada, e ter morrido semanas depois de se aposentar com 70 anos (hérnia de disco + osteoporose + diabetes e colesterol) sem usufruir de seu dinheiro, e do pouquíssimo tempo que lhe restava. Não é mais exemplo, pois muitos diriam, ah isso é conseqüência de uma classe desvalorizada, que tem que trabalhar para sobreviver... Ok, não discordo neste ponto.
Mas pensar no economista, ou administrador que faz o mesmo trajeto, “acumular” “acumular” “acumular”, será que todo homem do século 21 tem que fazer seu 1 milhão de reais antes dos 30 anos? Parece que sim viu... trabalhar é fundamental, diria que sem trabalho o ser humano é improdutível, trabalhar gera evolução, e é sem duvida nenhuma, uma identidade para cada pessoa. Porem nos esquecemos de alguns fatores, será que preciso acumular tanto dinheiro? Será que preciso fazer tantos horas-extras? Será que preciso passar minha vida numa usina, escritório, e perder o crescimento dos meus filhos?
Será que preciso mesmo daquele espremedor de frutas + fritador de nabos + alisador de cavalo + todo tipo de porcaria do Best shop tv que eu comprei e nem sei como usar?
Há pessoas que trocam de celular a cada semana, modelos novos, bonitos, mais práticos e com acessórios novos, sim concordo,... vital? Questiono-me.
Muitos poderiam pensar...”ah quer que a gente vire ripongo, compre uma combe e vai morar como naturalista comendo batata e cenoura?” – se quiser, mas não é essa a proposta. O que tento refletir aqui é... será que mesmo essa possível felicidade que você sente, fazendo os outros gostarem de ti, sendo admirado, será que essa importância preenche todos os seus vazios... será que preenche algum?, Será que você aproveita o tempo consigo, com os demais, etc. Será que entendemos o que realmente é PLENITUDE?


Plenitude, serenidade, sentir-se completo, entender, aceitar, se questionar, saber que você não é perfeito, e vai errar, e vai machucar, e vai aprender, e vai aproveitar.
Ah o rock roll anos 70, 80 sexo, drogas e rock, morrer aos 23 anos trepando, com cocaína até no rabo é legal? Não sei, mas penso que se o cara tinha “consciência” do que estava fazendo e o que teria como conseqüência, mas quis aproveitar e curtir o Maximo mesmo assim, eu acho que fez certo, pelo menos não prejudicou ninguém, só ele mesmo, e isso é pessoal, e injulgavel.
É, “malucos” que foram morar em arvores, e viver pelados, sempre existiram. Indivíduos que trabalham se esforçam aproveitam sua vida, e principalmente gostam do que fazem, vivem mais o tempo. Creio que sim.
Você vai boa parte de sua vida se dedicar diariamente a alguma coisa, imagina trabalhar em algo que não gosta, sei lá por grana, posição social, poder, etc. Anos e anos passaram, e é melhor escolher bem. Pra te dá satisfação, ora é da sua vida e de seu tempo que estamos falando só isso. Viver a vida dos outros, muitas vezes pode criar barreiras na sua vida. As vezes temos que arriscar, “pular de cabeça”, “é melhor se arrepender de ter feito, do que nunca ter tentado por falta de coragem.” (penso)
Vivemos no passado, planejamos o tempo todo o futuro, mas e o presente? E o agora? O único que você tem certeza? O futuro é tão incerto... O trágico: “você pode estar amanhã saindo da barraca de coxinha frente a sua faculdade, e ser atropelado por um fusquinha anos 60 – e morrer de tétano”... “É a vida é tão curta”, é o que minha vó diz... Espero no fundo que esteja errada...
Temos um planeta incrível, parece bobo mas você já parou na chuva? E tomou aqueeele banho? Já ficou que nem bobo olhando seu filho no berço e como ele observa tudo e envesga até? Aproveitou colocando chiclete na carteira da professora de matemática da 5º série? Já ficou tão bêbado que fez da dança da galinha e ri até hoje deste fato? Usou filtro solar a vida toda e hoje ganhou 20 anos a mais sem um possível câncer? Já paquerou a gostosa(o) do bar, e levou uma piscada, butinada ou melhor foram trepar no banheiro? Disse pras pessoas ainda vivas o quanto são importante pra você? Já se olhou no espelho e disse: “caralho você é bonito rapaz?!”, Já mandou um “que se dane”, ou “que se foda” para os probleminhas cotidianos? Já viveu e fez tudo o que queria?
“É nos pequenos detalhes da vida que o homem vive”- Dalai lama.
Porque só abrimos nossos olhos frente a morte. Precisa um médico nos dizer: “... é meu amigo, você tem 1 ano de vida...” pra aproveitar, pra perceber que o tempo acaba, que a vida é “curta” (vovó sabida), que você tem muita gente, lugar, e coisas pra curtir.
É viver bem, está em viver pleno, plenitude é se entender, ou tentar, é se revisar e redesenhar, é pensar no futuro também porque não? é planejar como melhor aproveitar seu tempo futuro!..., e a partir de amanhã sentir o vento em seu rosto de outra forma - É somos livres.
Texto que parece uma final de big brother rs, erros de português me levam a cruz, mas fui sincero, digo pleno pelo menos quando escrevi. E como no começo digo não existe um momento na vida que o homem comece a pensar sobre sua vida, sobre se é feliz ou não, ou principalmente se é pleno. Isso pode acontecer em qualquer época ou simplesmente não acontecer. Eu busco isso, ou melhor talvez alcance conseqüentemente nas pequenas mudanças que desde já fui fazendo em mim e na convivência com a única pessoa que terei que “suportar” por toda vida, eu mesmo.

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