sexta-feira, 23 de julho de 2010

Robôs? – espontaneidade forjada

Sou suspeito a falar do ser humano, não só por estudá-lo e tentar conhecê-lo em sua história e psíquico. Mas com certeza afirmo me apaixonar a cada dia mais pelas pessoas, pelo ser humano. Sabe o que é mais lindo nas pessoas? Muitos responderiam: “olhos azuis”, “pessoas altas”, “ricas”, “o glamour”, enfim, a maioria ficaria no contexto físico, ou no status e poder (econômico) que as pessoas cultivam. Coisas socialmente reforçadas ou “modinhas”.


Mas não, eu responderia que a coisa mais linda no ser humano é sua SINGULARIDADE, é nela que conhecemos as diferenças, é nela que nos apaixonamos uns pelos outros, o belo pra mim está na diferença, diferenças físicas, diferenças de pensamentos, de ideologias, de sonhos... Etc. Não sei vocês, mas não se cansam de sempre a mesma resposta? De sempre a mesma cara? De texto decorado? ... Eu acho no mínimo sem graça! Cadê a espontaneidade?



Peguei uma foto de modelos em uma passarela, acho que ilustraria bem o contexto, magrelas quase anorexicas, com o mesmo semblante no olhar, a mesma cara, mesma altura, quase robôs. Padrões e padrões, e rotulações, e ilusões e exclusões, e tudo fica na mesma! Nos dizem como falar, como andar, como se portar, e até mesmo como devemos nos sentir. ...


Muitos diriam, “noooossa que belas”, é realmente estão caindo de fome, por almoçarem um talo de alface e meio copo da água, estão concentradissimas pra não caírem do salto, um deslize fora dos movimentos “robóticos”, sistemáticos, e organizados é um desempregado a mais. São vitimas, de ideologias idiotas que são cultivadas e ensinadas. Vivem disso e somente pra isso, pra que possamos olhar e dizer: “que desfile incrível, lindas modelos, magras, altas e alinhadas”.


A beleza está na cabeça das pessoas, e vem sempre distorcida e de rótulos. Uma pena.


Espero um dia percebamos que um ser humano mais afetuoso é mais espontâneo, ai está à verdadeira beleza, ai poderemos voltar o nos tocar uns aos outros, voltar a nos segurar e nos conhecermos verdadeiramente, a sorrir para os outros, a interessar-se pelos outros, a dizer o que sente, sem medos de ser “o louco, e estranho”.


Olha quem um dia me ver na rua e quiser me dar um abraço, pode abraçar, pois não vou me desintegrar! Rs. “Os abraços são de graça, são gostosos, e, se não acreditarem, experimentem”.



Nenhum comentário:

Postar um comentário