sexta-feira, 23 de julho de 2010

Se eu pudesse...


Se eu pudesse viver como sonhei nesta ultima noite...
Aonde viajava pelo mundo, de Leste a Oeste.
Como gostaria de me desprender das amarras do meu mundo, das correntes que ainda me prendem.
Será que é porque eu não entendo esse mundo? ... Ou ele que tão pouco me compreende.
Será que deveria me alienar mais, sentado no sofá em frente à televisão num sábado à tarde? Ou não criticar o capitalismo e uma sociedade hipócrita e falida, quando vejo a miséria em cada beco escuro de São Paulo?
Porque tudo tem que ser superficial, descartável e novo? Porque impor valores, regras... Porquê aprisionar? Éh isso que chamam de globalizar? - Que merda!
E tenho que seguir a tudo isso, como um bom escoteiro? - NUNCA!... Serei excluído? – Que foda-se!
De exclusão já basta a social, a de direitos, a de cidadania, ou melhor, a de ser humano. – Que vemos a todo o momento a todo canto, estiradas no chão viramos o rosto como se não estivessem ali. – INVISIVEIS? ...
E sei sim minha real situação, IMPOTENTE! Sendo apenas levado pela maré, pela massa. “Caminhando e cantando”. Aff...
Como eu queria viajar pelo mundo, me sentiria mais livre destas sujeiras, admirando a imensidão do mundo. Não no luxo (egoísmo), mas na simplicidade de um viajante de estrada á fora...
Pois custei perceber que a vida acaba... éhh acaba. Se esvai com o Tempo.
Custei a perceber e aceitar a morte. É verdade... somente lembrando da morte, lembramos de quanto é precioso nosso tempo. – faz aproveitá-lo. – instante, o agora!
O mundo é tão bonito, tão majestoso, com uma diversidade de criaturas, de pessoas, de culturas, de sonhos e almas que fariam tudo por amor, pela alegria estampada no sorriso de um moleque que brinca com sucata e imagina ser um aviãozinho...
Uma tarde de chuva, gota após gota em sua face pode ser muito mais do que apenas chuva, pode ser libertador, o sol já morno ao fim de uma tarde chuvosa pode te lembrar o quanto você está vivo, e o quanto à vida pode ser acolhedora, se seus olhos permitirem!!!
Se eu pudesse correr pelo mundo, com meu skate e uma mochila em minhas costas, percorreria a cada canto, a cada praia, a cada praça, cidade, vilarejo, a cada montanha, terras desertas, frias ou verdes.

Aproveitaria prestando atenção a cada detalhe que para muitos foram esquecidos ou passam despercebidos, fotografaria bem com os olhos, pra nunca saírem da memória.

São nos pequenos detalhes que curto a vida...
Se eu pudesse largaria tudo, pra começar tudo outra vez, longe daqui, mas nunca num mesmo lugar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário